segunda-feira, 19 de março de 2012

Pessoas surdas




Chama-se pessoa surda (ou surdo)àquela que é portadora de surdez e que possui uma identidade, uma cultura, uma história e uma língua.


  Com a falta de suporte médico a qualidade de vida de pessoas com problemas auditivos era muito baixa, mas com o inventamento de aparelhos auditivos mais eficientes, qualidade de vida de crianças, adultos e idosos ficou muito melhor ! Crianças com os dispositivos auditivos cirurgicamente implantados chamados de implantes cocleares avaliam sua qualidade de vida como igual à de crianças com audição normal, de acordo com um dos primeiros estudos a examinar as crianças e seus pais. Embora as classificações gerais de qualidade de vida fossem muito similares àquelas do grupo de controle, as crianças mais novas pareciam ser mais felizes que os adolescentes – mas classificavam de forma mais baixa suas vidas em família do que as crianças com audição normal. 
As descobertas são importantes, segundo os pesquisadores, pois crianças muitas vezes se sentem socialmente isoladas, enfrentam dificuldades em fazer amigos e tendem a ter baixa auto-estima como resultado. A principal autora, Betty A. Loy, disse que a informação será útil a pais prestes a tomar decisões sobre implantes cocleares para seus bebês.
“Eles querem saber: ‘Será que meu filho será ridicularizado? Ele será incomodado pelos colegas? Como meu filho se sentirá consigo mesmo com esse aparato em sua cabeça?”’, disse Loy, do Programa de Implantes Cocleares de Dallas.
Os pesquisadores perguntaram a 84 crianças com implantes cocleares como se sentiam a respeito delas mesmas, de suas vidas familiares, de seus amigos e da escola. Os pais foram questionados separadamente e as respostas foram comparadas com as de um grupo de controle de 1.501 crianças na mesma faixa etária, de 8 a 16 anos, com audição normal.
  Mauricio Sá, No início da adolescência, ansioso e inquieto, descobriu o karatê. Ao chegar à maioridade, entrou para um grupo de ciclistas. Quando entrou na casa dos 40, passou a levar a corrida de rua a sério. Essas são as modalidades que Maurício Sá, 49 anos, escolheu para se dedicar e mostrar que tudo é possível quando se tem força de vontade. O analista de sistemas no Vale do Aço, interior de Minas Gerais, perdeu sua audição aos seis anos por conta de uma caxumba. Apesar disso, garante que a deficiência auditiva não o impede de nada.
  Ele afirma que não fazia feio quando competia de bike, apesar de perder preciosos centésimos de segundo no início das provas. Para melhorar o desempenho, contava com a solidariedade dos professores que sinalizavam com os braços as largadas.
- A surdez, em si, não atrapalha. Alguns dos esportes exigem aptidão plena, o problema é que os organizadores não se adaptam. A minha vida esportiva começou numa época que não havia lei a favor dos  deficientes. Se compararmos com hoje, diria que estamos numa situação bem melhor. Na época, contávamos com solidariedade e boa vontade das pessoas para que pudéssemos participar dos eventos, era apenas o assistencialismo e paternalismo - disse o mineiro divorciado e pai de duas adolescentes, uma de 16 e outra de 18.
Desde criança, o Maurício se comunica por leituras labiais e com a fala normal. Apesar da discriminação velada, foi um adolescente feliz. Ele revela que foi nessa época que  descobriu que o esporte seria a sua vida, a salvação e superação.
- Era mais difícil na escola porque não havia uma pedagogia ou lei apropriada para receber os portadores de deficiências. Entretanto, nas primeiras aulas de educação física, descobri que o esporte era o meu mundo, o meu refúgio. Sentia-me igual aos colegas. Agora, não é diferente do passado. Eu durmo, acordo, respiro e morrerei pelo esporte - afirmou.

O atleta parou de praticar o karatê aos 32 anos, quando sua primeira filha nasceu. Nesse tempo, ficou apenas no futebol de campinho nos fins de semanas. Mais tarde, ao ter a segunda filha, voltou a praticar o duatlo e focar na corrida de rua.
Durante toda a sua vida, as dificuldades impostas pela limitação auditiva fez Maurício entender o significado e o sentido da palavra superação. Hoje, não seria diferente. Ele descobriu que poderia fazer algo, mesmo sem uma assessoria esportiva e começou as pesquisar sobre provas, alimentação e treinamento pela internet .

Antes de aconselhar a cada uma dessas pessoas que se consideram incapazes, diria que, em primeiro lugar, tentem descobrir a razão para a nossa existência. Provavelmente, nunca descobriremos. Então, faça o seguinte, numa manhã, abra a janela, faça sol, faça chuva, faça frio e veja como o dia é dinâmico e bonito. Vista um jogging, calce um par de, alimente-se adequadamente, alongue-se. Vá a uma rua prazerosa e corra pelo chão da vida. Deixe a adrenalina correr pelas veias e esquecerá o motivo da nossa existência e dos problemas do dia a dia. No fim da corrida, descobrirá que a dopamina flui na sua alma. Viva a vida como ela é: correr é mais que um esporte, é uma filosofia de vida".
                                                                                                         Davi Fahl Bonetti Nº:12 

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