quarta-feira, 21 de março de 2012

Mudez

  Os problemas de audição que ocorrem a partir do nascimento podem ser detectados desde cedo. Se corrigidos em tempo, podem dar à criança a oportunidade de falar. Caso o problema perdure sem tratamento ou intervenção, a criança demorará mais a adquirir a fala, mas ainda assim poderá fazê-lo com ajuda de profissionais de fonoaudiologia, diz a especialista em voz.

A mudez se verifica na maioria dos casos em decorrência à surdez não tratada ou total, desde os primeiros anos de vida. Quando a surdez acontece por trauma ou acidente ou quando se verifica uma surdez temporária, em que a fala já se desenvolveu, esta última não será afetada. Pessoas que não sofrem de surdez, diante de um acontecimento emocionalmente traumático, podem ficar mudas, em geral temporariamente, para depois voltarem a falar como antes. Há casos de pessoas que tiveram derrame ou traumatismo craniano e têm dificuldade na comunicação em falar ou ler.

Espera-se que, até os quatro anos, a criança já domine a maioria dos fonemas (letras) da língua do lugar onde vive, determina a fonoaudióloga. No entanto, antes mesmo dessa idade, a mãe já pode perceber se o que seu filho fala está sendo compreendido por outras pessoas, se ele está desenvolvendo a sua maneira de falar. Estas observações são muito importantes, uma vez que elas podem ajudar a prevenir e diagnosticar desde cedo muitas patologias que podem interferir no desenvolvimento escolar e social da criança. Assim, por exemplo, se a criança ainda se comunica apontando, necessita de intervenção fonoaudiológica.


Como apoiar uma pessoa afásica.


É muito importante frisar que todo bebê de risco necessita de avaliação auditiva, alerta a especialista.
Poderá ser difícil obter os serviços de um terapeuta da fala
que se ocupe, de forma permanente, de um doente afásico.
Neste caso, será útil ter presente que:
  • Deve começar-se com palavras que sejam importantes para a pessoa afásica e para as suas necessidades essenciais (cama, refeições, utilização da casa de banho). Será mais fácil para o doente aprender nomes de coisas que ele possa ver, ouvir ou sentir (mão, pão, camisa), em vez de termos gerais (alimentos, roupa).
  • O doente aprenderá com mais facilidade, em primeiro lugar,substantivos, em seguida, verbos e adjetivos e, só mais tarde, advérbios, preposições e conjunções.
  • Será preferível, de início, fazer uma lista prática com cerca de 25 palavras (cama, cadeira, mesa,  água, casa de banho, sim, não, etc.), e quando a pessoa tiver aprendido estas, ensinar-lhe uma lista mais extensa.
  • Pequenas sessões de treino, repetidas com frequência, darão melhores resultados do que longas sessões menos frequentes.
Muito poucos doentes recuperam totalmente a capacidade para ler, escrever e falar. Podem tentar-se outras formas de comunicação, tais como a mímica, gestos e a utilização de desenhos. É conveniente dar ao doente um quadro ou um bloco, com um determinado número de palavras, expressões ou figuras essenciais, seleccionadas, para as quais ele possa a p o n t a r,   d e   fo  r ma   a   ex p r e s s a r   a s   s u a s   vo n t a d e s   o u
necessidades. De igual modo, se conseguir escrever, deverá ter sempre à  mão papel e caneta ou lápis.

Não há muitas tecnologias para as pessoas afásicas, no entanto, a qualidade de vida é muito complicada para eles. O mais correto para essas pessoas é fazer tratamentos com fonoaudiólogos para que tentem retomar a fala. Muitas pessoas afásicas conseguem tornar a falar, ler e escrever depois de bastantes seções de terapia. 
                                                                                                      Arthur Alves dos Santos Nº05

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