sexta-feira, 23 de março de 2012

Conclusões

- Conclui-se que a maioria das pessoas tem deficiências por causa de algum acidente que sofreram. Nessa horas muitos amigos vão embora e deixam de lado na hora que mais se precisa deles e só os realmente amigos ficam, e é com eles, com a familia que conseguem superar esse momento tão dificil.
Muitas das pessoas conseguem superar seus obstáculos por meio dos esportes. A dificuldade que eles mais enfrentam é o preconceito, o acesso a lugares com escadas, e se acostumar com a nova maneira de viver. Pode -se dizer que essas pessoas são mais esforçadas e felizes do que muitas outras normais.   Michele C Silva Nº32

- Conclui-se que a vida de um deficiente seja ela qual for,não é fácil, eles tem que atravessar muitos obstáculos,muitos sofrem preconceitos.Alguns nascem com a deficiência outros,sofrem algum acidente e ficam deficientes.
 Os maiores problemas que esses deficientes encontram além do preconceito é a dificuldade de andar na rua,pois a maioria das calçadas são esburacadas dificultando para os cadeirantes e os cegos.O bom é que existem escola públicas que aceitam pessoas especias,ajudando essas pessoas á crescerem na vida e superar seus obstáculos.Poderia citar várias dificuldades que os deficentes enfretam.Mas o que importa é que além deles passarem por muitas dificuldades eles são felizes e não deixam que a deficiência atrapalhe sua vida.       Bianca Lima  Nº06


- Conclui-se que algumas das deficiências ocorrem devido a acidentes, outras já vem de nascença. Mas essas deficiências servem de obstáculos a muitas pessoas, onde elas precisam não desistir de si mesmas e atravessar estes obstáculos. Muitas pessoas possuem preconceito com pessoas assim. Mas ao longo do tempo percebem que são mais inteligentes e esforçadas do que pensamos. Todos procuram superar a deficiência e tirar o melhor dela, sem desistir da vida. Todas essas pessoas e deficiências nos mostram que não devemos reclamar e nunca desistir, porque se você tiver força de vontade e querer atravessar os obstáculos na sua vida, você consegue.   Tamires R. Nº38


- Conclui-se que os deficientes sofrem muitas dificuldades para tentar ter uma vida normal, alguns são deficientes  já desde que nasce outros acabam adquirindo uma deficiência durante a vida por causa de algum acidente que sofreram. Existem vários obstáculos que eles precisam passar para superar a sua deficiência e com muito esforço conseguem , as vezes não tem o apoio de amigos e até de sua família por isso precisam de uma força de vontade muito grande dentro de si mesmo para dar a volta por cima e mostrar para aqueles não acreditaram nele que conseguem sim ter uma vida normal mesmo sendo deficiente, mas existe também o preconceito com os deficientes em empregos, sair na rua , escola etc. Independente da sua deficiência eles sempre se esforçam pra ter uma vida igual a de todos.
                                                                                                 Andrezza Fiaiz Nº04

- Pode-se concluir que, hoje em dia, a importância dos deficientes na sociedade está cada vez maior. Isso graças ao decrescente número de pessoas preconceituosas, que impediam muitos deficientes a atingir seu verdadeiro potencial, seja estudando, trabalhando, ou vivendo em sociedade. O preconceito com essas pessoas vem de tempos atrás, quando todos as consideravam aberrações, fazendo com que esse preconceito fizesse parte dos nossos costumes. No entanto, hoje sabe-se que os deficientes não são aberrações, e sim pessoas um pouco diferente das outras, mas isso não as impede de fazer qualquer coisa que as outras façam. Faz alguns anos que dizem que os deficientes estão ficando "melhores", mas na verdade eles sempre tiveram grande capacidade, mas apenas atualmente que estão podendo explorá-las, graça a crescentes programas de inclusão, conseguindo melhores cargos, diplomas em ótimas escolas e universidades que poucas pessoas "normais" conseguem.
                                                                                   Vinicius Souza Santos N° 41


-Conclui-se que a cada dia que se passa as pessoas tem menos preconceitos contra deficientes físicos,não é porque uma pessoa é deficiente que ela não é igual a nós , tanto as pessoas paraplégicas ,como os surdos,os mudos etc. Hoje em dia eles já conseguem frequentar as escolas,fazerem faculdades e até mesmo trabalharem.Hoje temos diversos atletas com deficiência ,que através de acidentes ficaram deficientes e pensaram que perderam tudo,mas o esporte tiraram eles da tristeza e muitos campeões de olimpíadas,   pan-americanos etc.Se existisse preconceito como antigamente hoje em dia muitas pessoas com certeza não estaria no esporte .
                                                                                         Davi Fahl Bonetti Nº:12 


-Pode-se Concluir que mesmo com toda a tecnologia existente é muito difícil a vida de uma pessoa com algum tipo de deficiência, principalmente em grandes cidades. Existem muitos locais que facilitam a acessibilidade, porém a maioria não tem tais facilidades para essas pessoas. A cada dia essas pessoas vem se superando conseguindo empregos, conseguem estudo e outras coisas. Porém muitas dessas pessoas sofrem diariamente doses de preconceito levando muitas a desistir de seus sonhos, mas a outras traz motivação para sempre seguir de cabeça erguida na vida. Muitos de nós não percebemos, porém, essas pessoas muitas das vezes tem uma capacidade além das pessoas que não tem problemas físicos ou mentais. Um exemplo é Stephen Hawking, ele é um homem de 70 anos, tetraplégico, escreveu em torno de dez livros e criou um teorema de relatividade geral sobre buracos negros. Devemos parar de descriminar essas pessoas pois elas são iguais a nós.
                                                                   
                                                                                        Arthur Alves dos Santos N° 5

Síndrome de Down

Síndrome de Down ou Trissomia do cromossoma 21 é um distúrbio genético causado pela presença de um cromossomo 21 extra total ou parcialmente.
Recebe o nome em homenagem a John Langdon Down, médico britânico que descreveu a síndrome em 1862. A sua causa genética foi descoberta em 1958 pelo professor Jérôme Lejeune, que descobriu uma cópia extra do cromossomo 21.
A síndrome é caracterizada por uma combinação de diferenças maiores e menores na estrutura corporal. Geralmente a Síndrome de Down está associada a algumas dificuldades de habilidade cognitiva e desenvolvimento físico, assim como de aparência facial. A Síndrome de Down é geralmente identificada no nascimento.
Pessoas com Síndrome de Down podem ter uma habilidade cognitiva abaixo da média, geralmente variando de retardo mental leve a moderado. Um pequeno número de afetados possui retardo mental profundo. É o distúrbio genético mais comum, estimado em 1 a cada 800 ou 1000 nascimentos.
Muitas das características comuns da Síndrome de Down também estão presentes em pessoas com um padrão cromossômico normal. Elas incluem a prega palmar transversa (uma única prega na palma da mão, em vez de duas), olhos com formas diferenciadas devido às pregas nas pálpebras, membros pequenos, tônus muscular pobre e língua protrusa. Os afetados pela síndrome de Down possuem maior risco de sofrer defeitos cardíacos congênitos, doença do refluxo gastroesofágico, otites recorrentes, apneia de sono obstrutiva e disfunções da glândula tireóide.
A síndrome de Down é um evento genético natural e universal, estando presente em todas as raças e classes sociais.



Cuidados.


Vários aspectos podem contribuir para um aumento do desenvolvimento da criança com síndrome de Down: intervenção precoce na aprendizagem, monitorização de problemas comuns como a tiróide, tratamento medicinal sempre que relevante, um ambiente familiar estável, práticas vocacionais, são alguns exemplos. Por um lado, a síndrome de Down salienta as limitações genéticas e no pouco que se pode fazer para as sobrepor; por outro, também salienta que a educação pode produzir excelentes resultados independentemente do início. Assim, o empenho individual dos pais, professores e terapeutas com estas crianças pode produzir resultados positivos inesperados.
As crianças com Síndrome de Down frequentemente apresentam redução do tônus dos órgãos fonoarticulatórios e, consequentemente, falta de controle motor para articulação dos sons da fala, além de um atraso no desenvolvimento da linguagem. O fonoaudiólogo será o terapeuta responsável por adequar os órgãos responsáveis pela articulação dos sons da fala além de contribuir no desenvolvimento da linguagem.
Os cuidados com a criança com Síndrome de Down não variam muito dos que se dão às crianças sem a síndrome. Os pais devem estar atentos a tudo o que a criança comece a fazer sozinha, espontaneamente e devem estimular os seus esforços. Devem ajudar a criança a crescer, evitando que ela se torne dependente; quanto mais a criança aprender a cuidar de si mesma, melhores condições terá para enfrentar o futuro. A criança com Síndrome de Down  precisa participar da vida da família como as outras crianças. Deve ser tratada como as outras, com carinho, respeito e naturalidade. A pessoa com Síndrome de Down quando adolescente e adulta tem uma vida semi-independente. Mesmo que muitas  possam não atingir níveis avançados de escolaridade, podem trabalhar normalmente. Ela pode praticar esportes, viajar, frequentar festas, etc.
Pessoas com Síndrome de Down têm apresentado avanços impressionantes e rompido muitas barreiras. Em todo o mundo, há pessoas com síndrome de Down estudando, trabalhando, vivendo sozinhas, se casando e chegando à universidade.

Superação: rapaz com síndrome de Down passa em vestibular da UFG.
Passar no vestibular é o sonho de muitos estudantes recém-saídos do ensino médio. O jovem Kallil Assis Tavares, de Jataí em Goiás é um dos aprovados no exame para ingressar na Universidade Federal de Goiás (UFG).
 
Ele passou em Geografia e é o primeiro portador de síndrome de Down a passar no vestibular da UFG. A coordenação do curso de geografia da UFG, em Jataí deve discutir a acessibilidade do estudante no campus da universidade na reunião de planejamento do ano letivo, marcada dia 23 de fevereiro.
A única vantagem dada ao estudante foi a disponibilidade de uma pessoa para ler a prova para Kalil, que é fornecida a qualquer candidato que tem baixa visão e solicite. No mais, ele concorreu em igualdade de tratamento com relação aos outros candidatos e passou pela peneira do vestibular. O calouro já está matriculado e aguarda com ansiedade o início das aulas.
De acordo com a pedagoga Eunice Tavares, mãe de Kalil, a escolha do curso e decisão de prestar vestibular foram dele. “Desde o início do ensino médio ele já começou falar que prestaria vestibular para geografia”, conta. Já a irmã Camila Assis faz questão de ressaltar que o boletim demonstra o quanto o garoto é estudioso. “A cada dia ele supera os obstáculos que vão surgindo e que sempre existem. Ele tem superado. Ele vai superar todos”, afirma a mãe coruja.
Segundo Kalil, o próximo passo é aprender a dirigir e tirar a carteira de motorista.

Vinicius Souza Santos Nº 41 2ºEMB

História de superção de um deficiente visual

Jovem de 24 anos, nascido em Sergipe, toca instrumentos, é formando em jornalismo, tem blog na internet e comenta partidas de futebol direto do campo

                                           
Lucas Aribé Alves, 24 anos de idade, é deficiente visual, mas não deixou a limitação impedir seu sucesso. Aprendeu o sistema Braille aos quatro em uma escolinha de sua cidade. Foi jogador de basquete e é campeão de dominó. Alem disso, toca vários instrumentos musicais, é formado em jornalismo em uma universidade particular. Mas o que mais impressiona em Luca é sua habilidade para comentar partidas de futebol direto do local do jogo.

Lucas nasceu com glaucoma e por isso seu campo visual ficou muito limitado. Ele conviveu a vida inteira com cinco por cento da visão de apenas um olho.
- Eu gostava de ficar com o olho bem pertinho da tela, eu conseguia ver o verde do gramado e alguns vultos assim dos jogadores correndo. eu não conseguia ver a bola e nem a trave, bem menor e meu angulo visual não permitia.
Mas por conta de uma operação frustrada no início do ano lucas ficou totalmente cego. Se ele sente depressão?

- Eu te digo com tranquilidade que eu realizo tudo que eu quero, não tem nada que me falta, eu tenho saúde, emprego, segurança, amigos, tenho uma familia muito espetacular, tenho minha namorada, meu emprego, minha profissão, não me falta nada nesse momento, nada que não esteja ao meu alcance!

Lucas diz que não falta nada. Talvez dirigir um carro, mas ele prefere zelar pela vida das pessoas. Mas dirigir um espetáculo ele consegue. Toca piano sozinho para uma platéia sem a menor dificuldade. O sergipano ainda mostra habilidade no violão, na flauta e na sanfona. Podemos dizer que ele é um "showman".
- A história de lucas é uma marco na história da pessoa cega aqui no nosso estado, porque antes a gente só via a pessoa cega pedindo esmola e não tinha uma vida normal, comum. Lucas é totalmente independente. Eu até peço a ele para deixar eu fazer alguma coisa porque ele não deixa eu fazer mais nada, ele faz tudo sozinho - conta sua mãe


No celular de Lucas, um sintetizador de voz o ajuda a ter varias facilidades:


- No meu celular eu tenho gravador de voz, video, e-mail, acesso a internet, contatos, calculadora.

Na internet, Lucas escreve um blog semanal sobre esportes que possui ha seis meses. Ele digita em um computador especial para deficientes e afirma que adora escrever e que já participou de colunas.

Em seu quarto, tudo muito organizado. Lucas deixa as coisas em locais estratégicos e sempre lembra onde elas estão. Lá não pode faltar o rádio, seu companheiro fiel para acompanhar partidas de futebol.


- Tudo gira em torno da audição. Eu tento ouvir atentamente a narração do locutor esportivo e os complementos do repórter e também acompanho a manifestação da torcida, e também se a torcida está triste, eufórica, preocupada, tudo dá pra fazer pela audição.
Lucas se apoia no narrador, que se preocupa em colocar os jogadores na melhor posição do gramado e sempre frisar bem os minutos para ele fazer o comentário com perfeição. Outro segredo está em sua máquina de braille, onde ele anota todos os lances da partida, além da escalação e dos cartões, como todo bom jornalista.Em uma final do Estadual Sergipano de Masters, Luca consegue até mesmo advinhar, em seus comentários, os gols que vão saindo. O empate. A virada. E ali, na beira do campo, acaba por se tornar a verdadeira atração do jogo.
- Esse é o meu quinto jogo ao vivo aqui no gramado! muito obrigado por esse carinho e por vocês acreditam na minha participação vocês estão de parabéns - diz Lucas.
Ana Aribé, sua mãe, sintetiza o que exemplo que Lucas é:
- Ele não é primeiro um cego, ele é primeiro uma pessoa, um cidadão... depois ele é cantor, é músico e lá no fim tem a deficiência... o que é relevante é o que uma pessoa pode oferecer!
                                                                                                                    Bianca Lima n° 06

quarta-feira, 21 de março de 2012

Mudez

  Os problemas de audição que ocorrem a partir do nascimento podem ser detectados desde cedo. Se corrigidos em tempo, podem dar à criança a oportunidade de falar. Caso o problema perdure sem tratamento ou intervenção, a criança demorará mais a adquirir a fala, mas ainda assim poderá fazê-lo com ajuda de profissionais de fonoaudiologia, diz a especialista em voz.

A mudez se verifica na maioria dos casos em decorrência à surdez não tratada ou total, desde os primeiros anos de vida. Quando a surdez acontece por trauma ou acidente ou quando se verifica uma surdez temporária, em que a fala já se desenvolveu, esta última não será afetada. Pessoas que não sofrem de surdez, diante de um acontecimento emocionalmente traumático, podem ficar mudas, em geral temporariamente, para depois voltarem a falar como antes. Há casos de pessoas que tiveram derrame ou traumatismo craniano e têm dificuldade na comunicação em falar ou ler.

Espera-se que, até os quatro anos, a criança já domine a maioria dos fonemas (letras) da língua do lugar onde vive, determina a fonoaudióloga. No entanto, antes mesmo dessa idade, a mãe já pode perceber se o que seu filho fala está sendo compreendido por outras pessoas, se ele está desenvolvendo a sua maneira de falar. Estas observações são muito importantes, uma vez que elas podem ajudar a prevenir e diagnosticar desde cedo muitas patologias que podem interferir no desenvolvimento escolar e social da criança. Assim, por exemplo, se a criança ainda se comunica apontando, necessita de intervenção fonoaudiológica.


Como apoiar uma pessoa afásica.


É muito importante frisar que todo bebê de risco necessita de avaliação auditiva, alerta a especialista.
Poderá ser difícil obter os serviços de um terapeuta da fala
que se ocupe, de forma permanente, de um doente afásico.
Neste caso, será útil ter presente que:
  • Deve começar-se com palavras que sejam importantes para a pessoa afásica e para as suas necessidades essenciais (cama, refeições, utilização da casa de banho). Será mais fácil para o doente aprender nomes de coisas que ele possa ver, ouvir ou sentir (mão, pão, camisa), em vez de termos gerais (alimentos, roupa).
  • O doente aprenderá com mais facilidade, em primeiro lugar,substantivos, em seguida, verbos e adjetivos e, só mais tarde, advérbios, preposições e conjunções.
  • Será preferível, de início, fazer uma lista prática com cerca de 25 palavras (cama, cadeira, mesa,  água, casa de banho, sim, não, etc.), e quando a pessoa tiver aprendido estas, ensinar-lhe uma lista mais extensa.
  • Pequenas sessões de treino, repetidas com frequência, darão melhores resultados do que longas sessões menos frequentes.
Muito poucos doentes recuperam totalmente a capacidade para ler, escrever e falar. Podem tentar-se outras formas de comunicação, tais como a mímica, gestos e a utilização de desenhos. É conveniente dar ao doente um quadro ou um bloco, com um determinado número de palavras, expressões ou figuras essenciais, seleccionadas, para as quais ele possa a p o n t a r,   d e   fo  r ma   a   ex p r e s s a r   a s   s u a s   vo n t a d e s   o u
necessidades. De igual modo, se conseguir escrever, deverá ter sempre à  mão papel e caneta ou lápis.

Não há muitas tecnologias para as pessoas afásicas, no entanto, a qualidade de vida é muito complicada para eles. O mais correto para essas pessoas é fazer tratamentos com fonoaudiólogos para que tentem retomar a fala. Muitas pessoas afásicas conseguem tornar a falar, ler e escrever depois de bastantes seções de terapia. 
                                                                                                      Arthur Alves dos Santos Nº05

terça-feira, 20 de março de 2012

Superação de Tetraplégicos

  Sandra Burton nunca sentiria que as dores do parto sinalizando que suas meninas gêmeas estavam prontas para vir no mundo. Era um dos muitos riscos de sua gravidez, e o que mais preocupava seus médicos e mantinha seu marido acordado a noite. Burton é tetraplégica. Um acidente há 20 anos a deixou sem o movimento das pernas e com pouca sensibilidade abaixo do peito.
A vida de Burton mudou em uma manhã de agosto em 1991.
Sandra e seus amigos estavam em uma festa, e no que seria uma brincadeira, seu namorado a empurrou na parte rasa da piscina, e ao bater a cabeça no fundo de cimento, fraturou as vértebras C4 e C5 e quebrou a sua medula espinhal. Ela tinha 17 anos. Duas décadas mais tarde, Burton não quer falar sobre o acidente ou os 12 meses onde passou no hospital aprendendo a viver com sua lesão. “Eu lembro de cada minuto desse ano” diz, com os olhos cheios de lágrimas. “Foi difícil, emocionalmente, fisicamente.” 
Há sete anos, Burton conheceu Frank Whelan. Desde o início achava que era ‘o homem perfeito’ - com quem teria uma família. ‘É um grande homem’, diz ‘tem um grande senso de humor e muito sensível’, que logo também se apaixonou pela mulher com cabelos castanhos e olhos azuis. E se casaram dois anos atrás.
O maior risco para Burton na sua gravidez era uma complicação fisiológica denominada disreflexia autonômica. É uma condição perigosa e relativamente comum em indivíduos com lesões medulares altas, que os impede de sentir dor. 
Quando o corpo precisa comunicar que alguma situação dolorosa está acontecendo, a disreflexia autonômica vai enviar sinais como aumento da pressão arterial, sudorese, espasmos e ansiedade, mas nenhum dos sintomas do trabalho de parto seria sentido. Sandra não sentiria as contrações, outro grande risco, especialmente por gêmeos normalmente nascerem algumas semanas antes do usual.
   Por diversas razões, os médicos tiveram que fazer uma grande incisão vertical na barriga de Burton, perto das costelas.. Geralmente, os cortes cirúrgicos na cesariana são horizontais e perto do osso púbico. O corte vertical causou duas vezes a quantidade normal de sangramento. Mas, depois de algum tempo, as gêmeas nasceram saudáveis, com mais de dois quilos cada uma. À noite, Megan e Emma já estavam em seus berços, ao lado da maca da mãe no hospital.


    Fernanda Fontenele sofreu um acidente de carro em 2003 que a deixou tetraplégica. Não podia mais mover nenhuma parte do corpo abaixo do pescoço. Diante da nova realidade, Fernanda frequentou centros de reabilitação, importantes para o entendimento e para a adaptação à sua condição.
Felipe Costa sofreu um acidente de carro em 2008 e também ficou tetraplégico. Também em busca de recuperação, ficou três meses em uma clínica em Detroit, nos EUA. Mas ambos encontraram no programa Project Walk (Projeto Andar) o que entendem como o melhor que existe na recuperação de lesão na medula óssea.
De volta ao Brasil, os dois resolveram que era hora de trazer o método utilizado no Project Walk para o País. "A idéia surgiu após um bate-papo com o fundador do método, Ted Dardzinski. Discutimos a importância de o Brasil ter um tratamento inovador e específico pros lesionados medulares. Ele disse que deveríamos abrir algo aqui", conta Fernanda.
Assim, os dois foram atrás de todas as providências e perceberam que aquele era um sonho possível: "continuar nosso tratamento e poder também levar isso a tantos outros que precisam e querem se recuperar". O método de Dardzinski visa, basicamente, estimular o corpo abaixo do nível da lesão na medula e como um todo. Consiste em trabalhar em posturas e em exercícios físicos intensivos, com repetições e constância no tratamento.


   Carlos Felix Ribeiro perdeu movimentos após acidente na piscina, mas sai à noite, namora e ainda faz projetos ‘radicais’. Músico, baladeiro e namorador, Carlos Felix Ribeiro Filho ficou tetraplégico aos 24 anos após um mergulho na piscina. Viveu as fases de choque e revolta, mas hoje é exemplo de superação por manter a capacidade de sonhar e fazer projetos, alguns deles ousados.
Uma de suas metas é montar ou fazer parte do primeiro time paraolímpico brasileiro de gbi sobre cadeira de rodas.  
Outro projeto já tem até nome: “Prêmio Superação Destaques”, uma homenagem a profissionais portadores de deficiências nas áreas de publicidade, design, música, literatura e artes plásticas.
Carlos é personagem real de uma causa que chama a atenção do Brasil por causa da novela “Viver a Vida”: a capacidade de adaptação de tetraplégicos que perdem grande parte dos movimentos e, mesmo assim, seguem em frente.


Tamires R. Souza Nº38                                                                                                    

segunda-feira, 19 de março de 2012

Histórias de quem superou a vida sem os membros






Nick Vujicic


Nicholas James Vujicic (Melbourne4 de dezembro de 1982) é um pregador e palestrante motivacional e diretor da Life Without Limbs. Nascido sem pernas e braços devido a rara síndrome Tetra-amelia, Vujicic viveu uma vida de dificuldades e provações ao longo de sua infância. No entanto, ele conseguiu superar essas dificuldades e, aos dezessete anos, iniciou sua própria organização sem fins lucrativos chamada Life Without Limbs (em portuguêsVida sem Membros). Depois da escola, Vujicic frequentou a faculdade e se formou com uma bidiplomação. Deste ponto em diante, ele começou suas viagens como um palestrante motivacional e sua vida atraiu mais e mais a cobertura da mídia de massa. Atualmente, ele dá palestras regularmente sobre vários assuntos tais como a deficiência, a esperança e o sentido da vida 
Filho primogênito de uma família sérvia, Nick Vujicic nasceu em Melbourne,Austrália, com a rara desordem Tetra-amelia: sem membros, faltando os dois braços na altura dos ombros, e sem pernas, mas com dois pés pequenos, um dos quais com dois dedos. Inicialmente, seus pais ficaram devastados, mas Vujicic era saudável. 
Sua vida foi cheia de dificuldades e privações. Ele foi proibido por lei estadual de Victoria de frequentar uma escola regular por causa de sua deficiência física, mesmo ele não sendo um deficiente mental. Durante a sua escolaridade, as leis foram mudadas, e Vujicic foi um dos primeiros estudantes deficientes físicos a ser integrado numa escola regular. Ele aprendeu a escrever usando os dois dedos do pé esquerdo, e um dispositivo especial que deslizava sobre o dedão do pé que ele usa para agarrar. Ele também aprendeu a usar um computador, jogar bolas de tênis, pentear o cabelo, escovar os dentes, atender o telefone, fazer a barba e obter um copo de água.


Nick se formou na universidade com 21 anos de idade com uma bidiplomação em Contabilidade e Planejamento Financeiro. Ele começou suas viagens como um palestrante motivacional, enfocando os temas que os adolescentes de hoje enfrentam. Ele fala também no setor corporativo, embora seu objetivo seja se tornar um palestrante internacional de inspiração, com cristãos e não cristãos locais. Ele viaja regularmente para outros países para falar às congregações cristãs, escolas e reuniões empresariais. Ele já fez palestras para mais de três milhões de pessoas até agora, em mais de 24 países nos cinco continentes (África, Ásia, Austrália, América do Sul e América do Norte).
Vujicic promove o seu trabalho através de programas de televisão como o The Oprah Winfrey Show, bem como por escrito.


Daniel Rodrigo Ferreira da Silva
Nascido em 04/04/1990, São Paulo / SP. Vítima de talidomida, sempre incentivado pelos pais e sua tia Socorro, pinta desde os seis anos. Pintar para Daniel significa um sonho sem limites, às vezes, pinta até a madrugada do dia seguinte. Atualmente cursa pedagogia na Universidade São Marcos em São Paulo, pratica natação e ministra palestra motivacional. Conquistou com muito orgulho sua carteira de habilitação.

Alexsandro Panetto Largura
Nascido em 09/10/1988, Linhares, ES. Vítima de uma disfunção congênita cerebral pós-parto é chamado carinhosamente por Alex. Alex é um rapaz muito carismático, fascinado por videogame e pintura. Para ele a pintura ocupa um espaço muito importante em sua vida.


MICHELE C SILVA N°32

Pessoas surdas




Chama-se pessoa surda (ou surdo)àquela que é portadora de surdez e que possui uma identidade, uma cultura, uma história e uma língua.


  Com a falta de suporte médico a qualidade de vida de pessoas com problemas auditivos era muito baixa, mas com o inventamento de aparelhos auditivos mais eficientes, qualidade de vida de crianças, adultos e idosos ficou muito melhor ! Crianças com os dispositivos auditivos cirurgicamente implantados chamados de implantes cocleares avaliam sua qualidade de vida como igual à de crianças com audição normal, de acordo com um dos primeiros estudos a examinar as crianças e seus pais. Embora as classificações gerais de qualidade de vida fossem muito similares àquelas do grupo de controle, as crianças mais novas pareciam ser mais felizes que os adolescentes – mas classificavam de forma mais baixa suas vidas em família do que as crianças com audição normal. 
As descobertas são importantes, segundo os pesquisadores, pois crianças muitas vezes se sentem socialmente isoladas, enfrentam dificuldades em fazer amigos e tendem a ter baixa auto-estima como resultado. A principal autora, Betty A. Loy, disse que a informação será útil a pais prestes a tomar decisões sobre implantes cocleares para seus bebês.
“Eles querem saber: ‘Será que meu filho será ridicularizado? Ele será incomodado pelos colegas? Como meu filho se sentirá consigo mesmo com esse aparato em sua cabeça?”’, disse Loy, do Programa de Implantes Cocleares de Dallas.
Os pesquisadores perguntaram a 84 crianças com implantes cocleares como se sentiam a respeito delas mesmas, de suas vidas familiares, de seus amigos e da escola. Os pais foram questionados separadamente e as respostas foram comparadas com as de um grupo de controle de 1.501 crianças na mesma faixa etária, de 8 a 16 anos, com audição normal.
  Mauricio Sá, No início da adolescência, ansioso e inquieto, descobriu o karatê. Ao chegar à maioridade, entrou para um grupo de ciclistas. Quando entrou na casa dos 40, passou a levar a corrida de rua a sério. Essas são as modalidades que Maurício Sá, 49 anos, escolheu para se dedicar e mostrar que tudo é possível quando se tem força de vontade. O analista de sistemas no Vale do Aço, interior de Minas Gerais, perdeu sua audição aos seis anos por conta de uma caxumba. Apesar disso, garante que a deficiência auditiva não o impede de nada.
  Ele afirma que não fazia feio quando competia de bike, apesar de perder preciosos centésimos de segundo no início das provas. Para melhorar o desempenho, contava com a solidariedade dos professores que sinalizavam com os braços as largadas.
- A surdez, em si, não atrapalha. Alguns dos esportes exigem aptidão plena, o problema é que os organizadores não se adaptam. A minha vida esportiva começou numa época que não havia lei a favor dos  deficientes. Se compararmos com hoje, diria que estamos numa situação bem melhor. Na época, contávamos com solidariedade e boa vontade das pessoas para que pudéssemos participar dos eventos, era apenas o assistencialismo e paternalismo - disse o mineiro divorciado e pai de duas adolescentes, uma de 16 e outra de 18.
Desde criança, o Maurício se comunica por leituras labiais e com a fala normal. Apesar da discriminação velada, foi um adolescente feliz. Ele revela que foi nessa época que  descobriu que o esporte seria a sua vida, a salvação e superação.
- Era mais difícil na escola porque não havia uma pedagogia ou lei apropriada para receber os portadores de deficiências. Entretanto, nas primeiras aulas de educação física, descobri que o esporte era o meu mundo, o meu refúgio. Sentia-me igual aos colegas. Agora, não é diferente do passado. Eu durmo, acordo, respiro e morrerei pelo esporte - afirmou.

O atleta parou de praticar o karatê aos 32 anos, quando sua primeira filha nasceu. Nesse tempo, ficou apenas no futebol de campinho nos fins de semanas. Mais tarde, ao ter a segunda filha, voltou a praticar o duatlo e focar na corrida de rua.
Durante toda a sua vida, as dificuldades impostas pela limitação auditiva fez Maurício entender o significado e o sentido da palavra superação. Hoje, não seria diferente. Ele descobriu que poderia fazer algo, mesmo sem uma assessoria esportiva e começou as pesquisar sobre provas, alimentação e treinamento pela internet .

Antes de aconselhar a cada uma dessas pessoas que se consideram incapazes, diria que, em primeiro lugar, tentem descobrir a razão para a nossa existência. Provavelmente, nunca descobriremos. Então, faça o seguinte, numa manhã, abra a janela, faça sol, faça chuva, faça frio e veja como o dia é dinâmico e bonito. Vista um jogging, calce um par de, alimente-se adequadamente, alongue-se. Vá a uma rua prazerosa e corra pelo chão da vida. Deixe a adrenalina correr pelas veias e esquecerá o motivo da nossa existência e dos problemas do dia a dia. No fim da corrida, descobrirá que a dopamina flui na sua alma. Viva a vida como ela é: correr é mais que um esporte, é uma filosofia de vida".
                                                                                                         Davi Fahl Bonetti Nº:12 

sexta-feira, 16 de março de 2012

História de superação de um paraplégico

Superação e muita determinação são as palavras que Jean Kraud nos passa, para encarar a realidade de como deve ser a volta por cima!
São exemplos assim que devemos seguir, temos que está disposto para lutar diante das nossas limitações porque pessoa assim que é fonte de inspiração para continuar em frente... 
“Em janeiro de 1993, vinha da casa de uma amiga no Castelo Branco e passou uma pessoa em um bugre amarelo, atirando para todos os lados e um dos projéteis pegou na minha coluna. Assim que levei o tiro deixei de andar. Em nenhum momento fiquei inconsciente, fiquei lúcido e já veio aquilo na minha cabeça. Quando cheguei na frente do hospital falei: Mãe, acho que não poderei mais surfar, jogar basquete”.
Na época, Jean tinha 19 anos, e cerca de um ano antes havia sido aprovado no concurso da Polícia Militar da Paraíba. Naquele dia estava de folga e por isso não pôde ser reformado com uma patente mais alta. Foi para a reserva como soldado mesmo.
Ele também lembra que foi naquele momento que soube quem eram seus amigos de verdade: “Posso te falar que 95% se afastou, mas os 5% que ficaram até hoje são meus amigos”.
Após deixar o hospital, Jean Klaud foi para Brasília (Hospital Sarah) fazer tratamento com o pensamento de voltar a andar. Contudo, já no primeiro contato com a fisioterapeuta, ao dizer que estava lá para recuperar os movimentos da perna foi questionado:
“Ela falou que foi lá para me reabilitar e fazer, daquilo que fazia antes, o máximo que pudesse, mas não para voltar a andar. Com apenas 19 anos era tudo novo e difícil. Tive que reaprender tudo novamente. Conheci pessoas de todo o país que estavam na mesma situação que eu ou até pior e vi que não era o fim.

A volta por cima através do esporte...
Foi nesse momento que resolvi voltar ao esporte”, passou a praticar basquete em cadeira de rodas no próprio hospital Sarah e reaprendeu tudo: desde calçar um tênis até entrar e sair de um carro.
Cinco meses depois, de volta a João Pessoa, entrou na equipe de basquete da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e cerca de dois anos depois sentiu o peso do preconceito de forma mais dura. Ao questionar o então treinador do time sobre o motivo deles não viajarem para disputar competições, a resposta foi seca:
“Não vamos porque dá trabalho”.
Aquele foi o último dia de treino de Jean pela equipe. Depois disso, nunca mais voltou lá e logo em seguida recebeu um convite para treinar em uma equipe do Recife. Vários atletas seguiram seus passos, deixaram a UFPB e o time acabou. Passou um ano na capital pernambucana e chegou a ser até campeão sul-americano.
De volta a João Pessoa, montou uma microempresa e se instalou de vez na Paraíba. Foi então que em 1998 conheceu Jaílton Miranda em uma oficina realizada no Unipê. Naquele encontro surgiu a idéia de criar uma equipe de basquete em cadeira de rodas na Vila Olímpica Ronaldo Marinho. Jean começou a reunir os jogadores da época em que jogava na UFPB e o projeto cresceu.
Enquanto alguns atletas já estão em quadra realizando o aquecimento antes do início do treino, um outro desce os lances de arquibancada do ginásio da Vila Olímpica Ronaldo Marinho de forma lenta e cadenciada. Sem o movimento das pernas, ele senta no chão e começa a descida dos degraus. Conta apenas com o auxílio de duas almofadas, que ele mesmo alterna entre os degraus para não sujar a roupa. Quando chega ao último, senta-se na cadeira de rodas para o treinamento e se apresenta:

Aos 35 anos, Jean Klaud é jogador da seleção paraibana de basquete em cadeira de rodas e tem no currículo os títulos do Campeonato Brasileiro e Sul-americano, além do Norte-Nordeste, sendo este último invicto. Atualmente, ele se divide entre os treinos no antigo Dede e as atividades na recém-criada Associação Atlética dos Portadores de Deficiência Física (AAPD).
Atualmente, o time treina diariamente no ginásio do Dede e já tem alguns títulos importantes: Campeão do Norte-Nordeste, de forma invicta, e Campeão Brasileiro da Segunda Divisão.
“O esporte representou a vitória. Hoje posso dizer que sou vitorioso, pela minha luta, força de vontade, pelas pessoas que me ajudaram. Foi assim que me mantive até hoje. Como não posso mais andar com as pernas, toco a cadeira e chego onde quero”.
Além disso, aconteceu o fim de um relacionamento de 7 anos de namoro.Talvez ela não tenha assimilado a situação, não entendeu, enfim, acho que houve o desgaste e acabou.
Por outro lado foi bom, pois conheci Katarina.
“No início, as pessoas perguntavam como Katarina namorava um cara em uma cadeira de rodas e ela me defendia. Falavam que eu não poderia ter filhos, que tinha ficado impotente, essas coisas. Hoje temos uma filha(Bruninha) e já estamos pensando em ter outro no ano que vem.
O objetivo agora é ir mais além. Ele é diretor de esportes da AAPD/PB e iniciou uma nova luta: a construção de uma Vila Olímpica adaptada aos paraatletas.
                                                                                                           Andrezza Fiaiz Nº04