Chama-se pessoa surda (ou surdo)àquela que é portadora de surdez e que possui uma identidade, uma cultura, uma história e uma língua.
Com a falta de suporte médico a qualidade de vida de pessoas com problemas auditivos era muito baixa, mas com o inventamento de aparelhos auditivos mais eficientes, qualidade de vida de crianças, adultos e idosos ficou muito melhor ! Crianças com os dispositivos auditivos cirurgicamente implantados chamados de implantes cocleares avaliam sua qualidade de vida como igual à de crianças com audição normal, de acordo com um dos primeiros estudos a examinar as crianças e seus pais. Embora as classificações gerais de qualidade de vida fossem muito similares àquelas do grupo de controle, as crianças mais novas pareciam ser mais felizes que os adolescentes – mas classificavam de forma mais baixa suas vidas em família do que as crianças com audição normal.
As descobertas
são importantes, segundo os pesquisadores, pois crianças muitas vezes se sentem
socialmente isoladas, enfrentam dificuldades em fazer amigos e tendem a ter
baixa auto-estima como resultado. A principal autora, Betty A. Loy, disse que a
informação será útil a pais prestes a tomar decisões sobre implantes cocleares
para seus bebês.
“Eles querem
saber: ‘Será que meu filho será ridicularizado? Ele será incomodado pelos
colegas? Como meu filho se sentirá consigo mesmo com esse aparato em sua
cabeça?”’, disse Loy, do Programa de Implantes Cocleares de Dallas.
Os
pesquisadores perguntaram a 84 crianças com implantes cocleares como se sentiam
a respeito delas mesmas, de suas vidas familiares, de seus amigos e da escola.
Os pais foram questionados separadamente e as respostas foram comparadas com as
de um grupo de controle de 1.501 crianças na mesma faixa etária, de 8 a 16
anos, com audição normal.
Mauricio Sá, No
início da adolescência, ansioso e inquieto, descobriu o karatê. Ao chegar à
maioridade, entrou para um grupo de ciclistas. Quando entrou na casa dos 40,
passou a levar a corrida de rua a sério. Essas são as modalidades que Maurício
Sá, 49 anos, escolheu para se dedicar e mostrar que tudo é possível quando se
tem força de vontade. O analista de sistemas no Vale do Aço, interior de Minas
Gerais, perdeu sua audição aos seis anos por conta de uma caxumba. Apesar
disso, garante que a deficiência auditiva não o impede de nada.
Ele afirma que
não fazia feio quando competia de bike, apesar de perder preciosos centésimos
de segundo no início das provas. Para melhorar o desempenho, contava com a
solidariedade dos professores que sinalizavam com os braços as largadas.
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A surdez, em si, não atrapalha. Alguns dos esportes exigem aptidão plena, o
problema é que os organizadores não se adaptam. A minha vida esportiva começou
numa época que não havia lei a favor dos deficientes. Se compararmos com
hoje, diria que estamos numa situação bem melhor. Na época, contávamos com
solidariedade e boa vontade das pessoas para que pudéssemos participar dos
eventos, era apenas o assistencialismo e paternalismo - disse o mineiro
divorciado e pai de duas adolescentes, uma de 16 e outra de 18.
Desde criança,
o Maurício se comunica por leituras labiais e com a fala normal. Apesar da
discriminação velada, foi um adolescente feliz. Ele revela que foi nessa época
que descobriu que o esporte seria a sua vida, a salvação e superação.
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Era mais difícil na escola porque não havia uma pedagogia ou lei apropriada
para receber os portadores de deficiências. Entretanto, nas primeiras aulas de
educação física, descobri que o esporte era o meu mundo, o meu refúgio.
Sentia-me igual aos colegas. Agora, não é diferente do passado. Eu durmo,
acordo, respiro e morrerei pelo esporte - afirmou.
O atleta parou de praticar o karatê aos 32 anos, quando sua primeira filha nasceu. Nesse tempo, ficou apenas no futebol de campinho nos fins de semanas. Mais tarde, ao ter a segunda filha, voltou a praticar o duatlo e focar na corrida de rua.
O atleta parou de praticar o karatê aos 32 anos, quando sua primeira filha nasceu. Nesse tempo, ficou apenas no futebol de campinho nos fins de semanas. Mais tarde, ao ter a segunda filha, voltou a praticar o duatlo e focar na corrida de rua.
Durante
toda a sua vida, as dificuldades impostas pela limitação auditiva fez Maurício
entender o significado e o sentido da palavra superação. Hoje, não seria
diferente. Ele descobriu que poderia fazer algo, mesmo sem uma assessoria
esportiva e começou as pesquisar sobre provas, alimentação e treinamento pela
internet .
“Antes de aconselhar a cada
uma dessas pessoas que se consideram incapazes, diria que, em primeiro lugar,
tentem descobrir a razão para a nossa existência. Provavelmente, nunca
descobriremos. Então, faça o seguinte, numa manhã, abra a janela, faça sol,
faça chuva, faça frio e veja como o dia é dinâmico e bonito. Vista um jogging,
calce um par de, alimente-se adequadamente, alongue-se. Vá a uma rua prazerosa
e corra pelo chão da vida. Deixe a adrenalina correr pelas veias e esquecerá o
motivo da nossa existência e dos problemas do dia a dia. No fim da corrida,
descobrirá que a dopamina flui na sua alma. Viva a vida como ela é: correr é
mais que um esporte, é uma filosofia de vida".
Davi Fahl Bonetti Nº:12
Davi Fahl Bonetti Nº:12
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